Geralmente, há dois motivos para se
terminar um relacionamento: um é que a outra pessoa fez algo tão horrível que
não é mais possível passar tempo juntos ou dividir o mesmo espaço com ela.
Outro é que os elementos fundamentais das nossas vidas - personalidades,
situações de convivência ou trabalho - se distanciaram da dinâmica que existia
no início da relação. De toda forma, seja o término amargurado ou o consensual,
há sentimentos que permanecem, sejam eles raiva, ciúme, ou, na maioria dos
casos, amor.
A partir do momento em que um casal decide
que é o fim do relacionamento, a atitude dos dois muda, e isso é quase
automático, impossível de se evitar. A postura, o toque, os olhares: todo o
modo de se relacionar (inclusive e principalmente o físico) ganha um distanciamento
que se faz necessário, levando em conta que é o fim. Mas não é porque é
necessário que é algo fácil de ser assimilado e aceito com naturalidade, por
qualquer um do casal (muitas vezes, os dois).
Depois do fim, ao passar tempo com seu ex,
mesmo em situações sem qualquer intimidade, é inevitável querer questionar os
motivos do término, mesmo que tenham sido perfeitamente válidos. Esse tipo de
dúvida é completamente humana e esperada. Afinal, pelas últimas semanas, meses
ou até anos, quando se sentavam um ao lado do outro, davam as mãos; quando
estavam sozinhos, se beijavam. Isso faz parte de toda relação e é inevitável.
Há partes de nós que não revelamos a ninguém. Então, como ser a mesma pessoa de
sempre e esquecer tudo isso?
A verdade é que você não pode. Esse tipo de processo só acontece depois de vocês terem passado um tempo sozinhos para reorganizar suas vidas sem o outro, quando vocês acham outras pessoas para tocar, beijar, confiar, até que você não sinta mais aquela sensação ao ouvir o nome ou ver o rosto do seu ex-namorado. Se já é difícil ver seu ex, provavelmente é ainda mais difícil, quase impossível, não vê-lo. Afinal, essa pessoa já foi seu melhor amigo.
A verdade é que você não pode. Esse tipo de processo só acontece depois de vocês terem passado um tempo sozinhos para reorganizar suas vidas sem o outro, quando vocês acham outras pessoas para tocar, beijar, confiar, até que você não sinta mais aquela sensação ao ouvir o nome ou ver o rosto do seu ex-namorado. Se já é difícil ver seu ex, provavelmente é ainda mais difícil, quase impossível, não vê-lo. Afinal, essa pessoa já foi seu melhor amigo.
Nesse caso, como melhores amigos, você deve
reconhecer, acima de tudo, o que faz a outra pessoa feliz. Você deve reconhecer
também, caso realmente se importe com essa pessoa o tanto quanto acredita que
ela se importe com você, que o tempo separados não é nada comparado ao que você
tem a ganhar com ele. Você será capaz de entender que, apesar dos desafios que
precisará enfrentar, a espera valerá a pena.
Mas, como somos todos humanos e, portanto,
podemos (e geralmente vamos!) cometer erros, o VOX lista aqui uma listinha com
dicas para ter uma convivência saudável com o ex, sem se descabelar ou ter
eternas recaídas que não levarão a lugar algum:
1. Fim quer dizer fim.
Nada termina sem motivo. Se o relacionamento de vocês não deu certo, com
certeza é porque a batata estava assando (e não é o tipo de batata que você se
interessaria em comer). Se ele insiste em voltar e você não quer, deixe bem
claro que não vai acontecer e que, se ele quiser, você se disponibiliza a
continuar com uma amizade respeitosa e pura. Só, pelo amor de Deus, saiba
quando é a hora de soltar o "ainda podemos ser amigos"! Com certeza
não deve fazer parte do repertório do momento "pé na bunda".
Sim, é difícil. Como já foi dito, se ficar perto pode parecer uma tortura,
ficar longe é pior ainda, porque os sentimentos ainda são muito recentes e você
com certeza não vai se acostumar a ficar sem um amante (e mais, um melhor
amigo) assim, da noite para o dia. Mas entenda que esse tempinho "a sós
consigo mesma" é o mais saudável a fazer.
3. Se ficarem
amigos, estabeleça limites.
Essa parte é essencial se vocês decidirem que podem ser amigos, apesar de tudo o que passou. Diferente do que muitos pensam, a amizade desinteressada entre exs pode existir, sim. Mas é uma área de risco (até porque há memórias do casal envolvidas) e deve ser tratada com sensibilidade e respeito mútuos. Provavelmente as relações de amizade com o ex nunca serão exatamente iguais às mantidas com outras pessoas, principalmente por toda a história dos dois. O importante é saber diferenciar as memórias como casal daquelas como simples amigos. E, de preferência, arquivar a parte que diz respeito às relações amorosas entre os dois, para não correr o risco de querer reviver o passado e estragar o presente.
4. Esqueça o ciúmes
das "novas você".
Com certeza elas virão e, se você está disposta a esquecer o que passou e ser amiga dele, esqueça o ciúmes também. É aquela velha história: todo mundo tem passado, e futuro também. Com certeza ele teve exs antes de você, assim como você teve antes dele; e com certeza ele vai namorar mais depois de você, assim como você também vai. Faz parte da vida, você não deve se fechar para o amor depois do relacionamento não ter dado certo, e ele também não. É natural que surja um ciuminho, uma sensação de posse, quando ele aparecer com uma nova namorada. Mas é importante lembrar que, assim como acabou, ele não é mais seu, e nem você dele. Por isso, não é justo querer que ele pare de amar porque não deu certo com você: você provavelmente não está disposta a abrir mão da vida amorosa, também.
Outro perigo do fim do relacionamento: parece que vestimos um óculos com lentes cor de rosa toda vez que olhamos para ele e ouvimos sua voz. O ser humano tem a mania de desejar o que não possui, e os exs não estão livres disso. Com o fim, a convivência fica menor, o que ele fazia e irritava ele não faz mais e nos sentimos tentadas a voltar, pensando "ah, ele não é tão ruim assim" ou "está na cara que ele mudou!". Dificilmente é algum desses casos. Acontece que, com menor convivência, é mais difícil notar as manias e traços de personalidade que irritavam. Mas isso não quer dizer que eles não estão mais lá.
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